sábado, 15 de agosto de 2009

Palavras de incentivo

Palavras de incentivo

Sempre fui apaixonado por pregações. Sempre gostei de ver e ouvir pregadores inflamados pelo Santo Espírito bradarem chavões pentecostais com muita propriedade.
Muitos jovens me questionam:
- Irmão Marco, como fazer para ser um pregador como o senhor?
Se é que serve de estímulo, leia o que se segue:
A primeira vez em minha vida em que subi em um púlpito, foi na cidadezinha de Morro Agudo, no interior de São Paulo. Lá estava o Pastor José do Amparo, um homem sério e, na época, eu pensava que ele era muito bravo... Era uma manhã de domingo, uma consagração e o Pastor convidou-me para dar a palavra. Todo empolgado, eu já havia preparado um texto da Bíblia para ler e, inclusive, já havia ensaiado várias vezes na frente do espelho e, confesso, a mensagem não era muito boa, pois não consegui convencer nem a mim mesmo...
Ao sair do meu lugar já estava com o dedo indicador na página da Bíblia e, de repente, quando me vi de frente à tribuna, minhas pernas tremeram, minha boca secou e, de súbito, tirei o dedo da página marcada e me perdi. Abri, então, a Bíblia ao acaso e por sorte, o texto era de fácil compreensão. Todas as palavras argumentos e gestos que havia ensaiado desapareceram e, então, desci do púlpito, mais rápido do que subi. Foi um vexame.
Confesso que, se dependesse daquela primeira experiência para ser um pregador, nunca mais teria subido a uma tribuna.
Ah, ia me esquecendo: o Pastor, rindo, mas com carinho e compaixão disse-me, enquanto me via voltar para o banco:
- Deus usará muito este moço no ministério da palavra... No momento achei que ele estava debochando de mim, hoje compreendo que ele estava profetizando.
Com isto, quero dizer que "qualquer um" pode ser usado por Deus, desde que esteja em sua presença e mesmo que hoje este "qualquer um" não tenha muita sabedoria, eloqüência, prestígio, nem aparência de pregador. Todavia, quem faz um pregador é o Senhor da Seara, mediante o desejo daquele que, ardentemente, almeja o episcopado.
Já, na segunda vez que subi ao púlpito foi ura pouco melhor...
Era um sábado, em minha Igreja, e, na tarde, ao lado do meu grande amigo de infância (de brigas, de choro, de alegrias), Ewerton. Para os mais chegados, Tom. Perguntei a ele:
Se você fosse chamado para pregar hoje, o que falaria?
E ele, mais experiente do que eu, e muito inteligente, começou a encenar a mensagem:
- Digo aos irmãos que outrora eu estava no lamaçal do pecado, destinado à morte eterna e, de repente, a mão de Deus me alcançou nas profundezas e Deus, pelo seu amor e poder, chamou-me pelo nome e disse: Filho, tu és meu.
Pronto, foi a coisa mais linda que eu já tinha ouvido. Sempre tive facilidade em decorar frases.
À noite, no culto com a mocidade, dentro de uma camisa de manga longa, branca e uma calça social cinza (estava muito charmoso, modéstia à parte) com uma gravata de crochê cinza, tão apertada que mal conseguia respirar (era a primeira vez na vida que usava uma) fui convidado (para minha sorte) primeiro a testemunhar antes do Tom. e então vociferei algumas palavras e encerrei gritando alto e com muito entusiasmo a frase acima. A Igreja explodiu em adoração. Arme Mary, líder da mocidade nesta época (hoje esposa do pastor Oliveiro Cabral Júnior), disse-me no final do culto:
- Você há de ser um Moody para Jesus.
Na época não compreendi muito bem o que ela queria me dizer com aquilo e, por um momento, achei que ela queria que eu ficasse mudo, para não mais me ouvir pregar. Mas descobri que ela estava dizendo que eu seria um ganhador de almas e um pregador convincente e ungido, tal qual tinha sido D. L. Moody.
Bem, não preciso dizer como ficou o Tom, pois no fim do culto ele me disse:
- Você se "apossou" de minha mensagem.
Pedi desculpas a ele e continuamos amigos até hoje.
Que Deus o abençoe Ewerton, era nome de Jesus!
Com isso, aprendi que nenhum pregador é autodidata. Todos os pregadores se espelham em alguém, aprendem com alguém, ouvem e repetem jargões, frases, chavões, mensagens inteiras e isto não é pecado, o próprio apóstolo Paulo disse:
Sejam meus imitadores, assim como sou de Cristo...
E tenho certeza que não era apenas no modo de viver, mas também no modo de usar as palavras.
Meu conselho a todos quanto desejam ser pegadores: ouçam, memorizem, gravem, retenham tudo o quanto for possível, quando estiver na frente de alguém que está pregando inspirado pelo Espírito de Deus. Tenham sempre em mãos uma caneta e um papel e, é claro: ore, jejue, consagre-se, leia a Bíblia, leia livros acerca da Bíblia, dos grandes pregadores destes últimos séculos e confie no seu Senhor.
E quando lhe for dada uma oportunidade para pregar, coloque tudo para fora, com sabedoria, e prepare-se para fazer parte deste exército de pregadores da arrancada final da Igreja do Senhor nesta Terra, rumo aos Céus.

3 comentários:

Tatiana disse...

Uma bençao! me empolguei na leitura ate a ultima letra, hshshhs. Deus continue te dando esta sabedoria se renovando a cada dia na palavra do Senhor, pois Ela se renova cada manhã. Ass im eu creio.

Anônimo disse...

Uma bençao! me empolguei na leitura ate a ultima letra, hshshhs. Deus continue te dando esta sabedoria se renovando a cada dia na palavra do Senhor, pois Ela se renova cada manhã. Assim eu creio.

Unknown disse...

Fica a dica:
http://www.unicapalavra.wordpress.com
Este é o link de um blog que está em construção que tem o objtivo de levar a alegria e o amor da Pavalra de Deus.